sexta-feira, 12 de abril de 2013

TURISTAS SÃO MAIS BARRADOS QUE ESTUDANTES NO REINO UNIDO, SEGUNDO PESQUISAS

Casos de deportação são mais comuns entre turistas do que estudantes Leandro Bettiol Fazer as malas, juntar dinheiro, escolher o destino e realizar o sonho de sair do país para conhecer novos lugares e culturas diferentes. Esse é o plano de muitos brasileiros, que acaba se tornando pesadelo após uma deportação inesperada. Casos assim têm se tornado cada vez mais frequentes e comuns, principalmente em países do Reino Unido, como a Inglaterra, Escócia ou Irlanda. Mesmo indo a turismo, o fato de não ser casado e nem ter emprego fixo, pode ser a justificativa para uma deportação imediata. Segundo estatísticas, a média é que a cada noventa minutos um brasileiro seja deportado do Reino Unido, gerando um total de seis mil pessoas por ano. Com relação aos estudantes que decidem sair do país para aprimorar os estudos, o índice de problemas como a deportação é praticamente nulo, pois normalmente levam cartas de confirmação do curso, acomodação, seguro saúde e comprovantes de renda. De acordo com a gerente da Experimento, Júlia Carvalho, empresa que realiza intercâmbios para alunos, somente no ano passado, 160 mil brasileiros saíram do país, sendo que 70 mil eram paulistanos e o Brasil é considerado um dos maiores exportadores de intercambistas do mundo, ocupando a sétima posição, segundo o relatório da Association of Language Travel Organisations. Para se evitar problemas como a deportação, a gerente explica que países como o Canadá e a Austrália estão cada vez mais rigorosos com a comprovação da renda e deve-se ficar atento a isso. “Verificamos se o estudante tem renda, trabalha ou estuda e tem um responsável financeiro”. Com relação aos vistos negados, Júlia afirma que na filial em que trabalha localizada dentro da PUC-Campinas, o total é de menos de 5% ao ano, justamente por escolherem escolas certificadas e conhecidas. Leandro Bettiol Professor deportado da Inglaterra mostra passaporte com o carimbo de recusa Para quem passou pela experiência traumática da deportação, apenas fica a sensação de impotência diante das autoridades inglesas, que nem ao menos dão o direito de argumentação aos estrangeiros. “Mesmo portando todos os documentos necessários, como cópia da conta de luz, do extrato bancário, do passaporte, carta convite e de apresentação do amigo que me receberia lá, além de uma boa quantia em euros e passagens ida e volta, nada foi suficiente para comprovar que eu apenas estava indo a passeio”, lamentou o professor de língua estrangeira, Claudinei Sacchi. Logo que desembarcou no aeroporto, no fim de março deste ano, o professor foi revistado na frente de todos e teve de entregar suas malas, celular, agenda telefônica e outros pertences. “Parecia que tudo o que eu tinha era motivo de perigo e ameaça para os oficiais britânicos”, contou. Sem o celular, Sacchi não pode fazer contato telefônico com familiares e o amigo que o aguardava, gerando preocupação e desespero aos que estavam sem notícias. Após passar toda a madrugada em uma sala sem saber os reais motivos para toda aquela situação, Sacchi foi avisado de que seria deportado, seguindo viagem no primeiro voo para o Brasil. “Fui escoltado até o avião por dois oficiais, filmado, fotografado para os arquivos e também marcaram meu passaporte com um símbolo de ilegalidade, tudo isso sem nenhuma explicação sequer”, disse. FONTE: DIGITAIS PUC CAMPINAS

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