sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

RESIDIR EM PORTUGAL

Governo concede vistos a quem comprar casas de luxo em Portugal Sexta-Feira, 19 Outubro de 2012 A crise económica em Portugal está a criar novas oportunidades de negócio em diversas áreas. Os estrangeiros estão de olho e parece que são bem-vindos. Para já o governo tratou de criar um quadro legal mais favorável e estimulante... Embora a lei já existisse, o despacho nº 11820-A/2012 vem agora reforçar a concessão de uma autorização de residência a estrangeiros para efeitos do exercício de uma actividade de investimento em território nacional (ARI). Podem vir a beneficiar deste estatuto, os cidadãos nacionais de estados terceiros, titulares de capital social de uma sociedade que tenha sede em Portugal. Para conseguir este estatuto bastará que se verifique uma das seguintes condições. A transferência de capital no montante mínimo de um milhão de euros, tratando-se da criação de uma empresa a criação de um mínimo de 30 postos de trabalho, ou, e aqui reside a grande novidade, a aquisição de um imóvel no valor mínimo de 500 mil euros, desde que tenha a plena propriedade do mesmo livre de encargos ou ónus, sejam hipotecas ou outros. Com esta medida o estado português pretende a revitalização do mercado em Portugal, principalmente na área do imobiliário que tem estado completamente parado e condicionado. A crise do imobiliário Não será certamente alheio a esta “decisão legal” a letargia em que se encontra o nosso mercado imobiliário, a precisar urgentemente de um grande balão de oxigénio, que terá forçosamente de vir do estrangeiro. Com esta medida o governo pretende precisamente atrair o investimento exterior para o mercado imobiliário, concedendo facilidades de vistos de permanência a quem investir pelo menos meio milhão de euros numa casa. Sabendo que Portugal goza de muito boa imagem como país seguro e tranquilo junta da comunidade internacional. A medida “pisca o olho” claramente a angolanos e russos, mas também sem esquecer Ingleses, irlandeses, alemães e holandeses que continuam a ser os principais investidores do turismo imobiliário de luxo no nosso país. País atraente e cheio de oportunidades Ainda recentemente o estudo “Portugal: The Luxury Tourist Resort Property Market 2011”, elaborado pela consultora Prime Yield e pela imobiliária Fine & Country, afirma isto mesmo e traçou inclusivamente um cenário muito bom para o mercado. Este documento refere que a segurança é um fator abonatório, em contraponto com outros destinos próximos e que fazem concorrência em género com Portugal. O estudo refere por exemplo, “A insegurança dos países do Magrebe está a beneficiar a comercialização de empreendimentos no Algarve e na zona Oeste. O Algarve e a Zona Oeste vão manter-se como os destinos mais estáveis no que diz respeito ao mercado do turismo residencial em Portugal. Da mesma forma, o Litoral Alentejano tornou-se uma das regiões que mais tem atraído as atenções dos investidores de resorts, particularmente na zona costeira. Portugal mantém uma posição forte no mercado do Turismo residencial de Luxo em comparação com outros mercados que foram denominados d e ‘minas de ouro’ há alguns anos e que agora sofreram depreciações drásticas no preço das propriedades. Portugal é definitivamente um mercado com sólidas oportunidades de investimento e excelentes retornas para aqueles que tenham um bom timing de decisão ao investir, nomedamente agora que se pode comprar em baixa havendo muito mais alternativas no mercado a permitir uma escolha mais variada. Qualidade de construção e design TAMBÉM É VANTAGEM COMPARATIVA Segundo o “The Luxury Tourist Resort Property Market”, “há diversos projetos em carteira que acabaram por ser reavaliados com decisões de avançar com promoções entretanto congeladas, com os promotores a apresentarem uma postura mais cautelosa e a reformularem os seus investimentos de forma a adequarem os produtos à nova realidade económica e a um consumidor mais cauteloso e constrangido em termos de recursos financeiros”. Ape sar do arrefecimento do mercado português de imobiliário de luxo, o estudo ressalva que “os preços do imobiliário mantiveram-se consolidados no Triângulo Dourado, formado por Vale do Lobo, Quinta do Lago e Almancil”, a zona de ‘resorts’ mais cara de Portugal. O diretor da Prime Yield, especialista em avaliação imobiliária, José Velez, realçou que “Portugal tem um mercado de imobiliário de ‘resorts’ especialmente resistente, dado ser menos exposto às variações dos ciclos imobiliários, tendo em conta as suas características e vantagens naturais, mas também devido à qualidade de construção e design”. Apesar de tudo o mercado de ‘resorts’ turísticos de luxo apresentou, em 2010 e 2011, à semelhança do mercado imobiliário, uma tendência generalizada de contração, influenciado pelas condições económicas e financeiras adversas e pelas crescentes restrições de acesso ao crédito, quer a nível nacional quer internacional. Situação que pode agora começar a ser alterada com esta abertura legislativa Portugal entusiasma Michael Valdes é cubano, vive em Miami e é vice-presidente da Sotheby’s na região Europa, Médio Oriente e África (EMEA). Esteve recentemente em Lisboa para saber como estava a correr o negócio da imobiliária de luxo norte-americana e ficou encantado: “Portugal tem um potencial de crescimento tremendo”, disse na altura numa entrevista à comunicação social, e explicou porquê: “apesar da crise económica, da troika e de os preços das casas de luxo estarem a baixar ligeiramente, existem compradores interessados. Temos os brasileiros, que veem Portugal como uma porta de entrada na Europa por causa da língua em comum. Angolanos e moçambicanos devido à relação histórica entre países. E até compradores asiáticos, que começam agora a entrar no mercado”, disse, acrescentando que “a maioria já vê Portugal como o país onde têm a sua segunda casa”. É por isso que o sol e o mar são tão importantes para estes compradores, seja em zonas como Cascais, Algarve ou Madeira. Vista para o mar ou praia perto são as principais características que estes compradores procuram quando querem comprar uma casa de luxo em Portugal, mas, de acordo com o mesmo responsável, nos níveis mais altos de luxo, a procura incide também na privacidade e na facilidade em chegar ao destino – por exemplo, ter um aeroporto de referência perto. “Muitos dos nossos clientes têm muitas casas, por isso a conveniência é um fator–chave.” Benefícios atraem compradores de luxo Mas não é apenas o sol e o mar que fazem que brasileiros, angolanos e asiáticos estejam tão atentos a Portugal, porque há sempre muitos investidores que procuram especificamente benefícios fiscais. Por outro lado há também o fator oportunidade como defende Rafael Ascenso, diretor-geral da Porta da Frente/Christie’s. “Os brasileiros vêm muito para Portugal à procura de oportunidades de investimento, principalmente agora que os preços estão mais baixos por causa da crise”, e acrescenta que, por isso, “as vendas aumentaram já mais de 50% este ano em relação a 2011. E curiosamente esta pode ser uma excelente forma de Portugal combater a crise não só do imobiliário, porque este é um sector que provoca muito arrastamento para outras áreas e outros sectores. De facto se o imobiliário encetar uma retoma significativa, principalmente a este nível, haverá muitos empresários de nível internacional que o estudo já afirma verem Portugal como a sua segunda casa, a virem viver para cá não só para gozar de um estilo de vida, mas quem sabe para aqui poder reinvestir tanto em capitais, como em atividades empresariais. Para isso o governo terá de estar atento e perceber que não se atraem esses capitais apenas com benefícios legais. É preciso também saber construir uma sociedade equilibrada e segura onde todos se sintam bem. José Manuel Duarte jduarte@mundoportugues.org FONTE: JORNAL MUNDO PORTUGUÊS.ORG

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

JUDEUS SEFARDITAS

MADRI - A Espanha anunciou um pacote de medidas para acelerar a concessão de nacionalidade a judeus sefarditas, cujos antepassados eram originariamente espanhóis até a sua expulsão da Península Ibérica, há mais de cinco séculos. A nacionalidade será concedida independentemente do local de residência da pessoa, desde que comprove sua condição através de um certificado da Federação das Comunidades Judaicas da Espanha (FCJI) e demonstre manter vínculos com o país, "seja por sobrenome, por idioma familiar, descendência direta ou parentesco colateral", ressaltou o ministro da Justiça, Alberto Ruiz Gallardón. - (A condição sefardita) constitui por si mesma uma circunstância excepcional que dá direito à nacionalidade com independência de onde resida o solicitante - afirmou o ministro, durante o anúncio na Casa Sefarad, em Madri. Os sefarditas já tinham a possibilidade de obter a nacionalidade espanhola há algumas décadas, mas a nova lei simplificará o processo. A própria FCJI se encarregará de verificar o pedido antes de encaminhá-lo para o governo para a sua aprovação. Calcula-se que existam mais de dois milhões de judeus sefarditas no mundo e que milhares de pessoas - a maioria delas vivendo hoje na Turquia e em países da América Latina - poderão se beneficiar da medida. A palavra sefardita vem do hebraico e significa espanhol. Os sefarditas de hoje são descendentes dos judeus expulsos da Espanha em 1492. Historiadores consideram que até 200 mil pessoas podem ter deixado o país na época, por recusarem a conversão ao catolicismo. Presente no anúncio, o ministro de Relações Exteriores e Cooperação, José Manuel García-Margallo, disse que a medida faz parte de ações para melhorar a imagem do país e recuperar sua "memória silenciada durante muito tempo". Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/espanha-facilitara-nacionalidade-judeus-sefarditas-6800537#ixzz2K3WAiqio © 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. FONTE: JORNAL O GLOBO